CLARA MARIA BARATA
Que luz reflectem os teus olhos?
Que luz reflectem os teus olhos
quando eternos
param nos meus olhos?
que rios que mares que fontes
derramam no meu sangue?
que lume que lava que chama
ateiam na minha pele?
que néctar que rosas que beijos
anunciam à minha boca?
que vento que chuva que canto
acordam no meu corpo?
meu amor
se soubesse dizer como te quero
nomearias todas as estrelas.
Quelle lumière reflète tes yeux ?
Quelle lumière reflète tes yeux
quand ils sont éternels
pour mes yeux ?
quelles rivières quelles mers quelles fontaines
se déversent en mon sang ?
quel feu quelle lave quelle flamme
dévore ma peau?
quel nectar quelles roses quels baisers
annoncent ma bouche ?
Quel vent quelle pluie quelle chanson
réveillent mon corps?
mon amour
si je savais te dire combien je t’aime
je compterais toutes les étoiles
(from the book in progress: Antologia de poetas portugueses, II (coord. Antonio MR Martins), col. “Bibliotheca Universalis”)
Version française par Noëlle Arnoult (France)
Perfil
Clara Maria Barata é natural e residente em Coimbra. Participou em vários eventos ligados à poesia. Em 2012 fez a apresentação da obra de um autor. É co-autora em nove trabalhos antológicos, tendo sido, num deles, (Antologia de Inverno – Acordando Sonhos”, Pastelaria Studios Editora, 2012) um dos três concorrentes premiados. A solo, tem dois livros editados: “O sol disse-me que amanhã acorda cedo”, 2012, e “No silêncio das luzes e das sombras”, 2014, ambos sob a chancela da Temas Originais.
Un comentariu:
This poem bursts with pathos. With poignant imagery and effective use of poetic devices. This poem impacts a reader to a great degree.
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